O que é Xote?

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Quem nunca se deixou contagiar pelos ritmos Nordestinos? Além de paisagens de tirar o fôlego, a dança também tem espaço garantido na região. Com grande variedade cultural, o Nordeste do Brasil é palco da alegria, movimento e muito chamego.

No post de hoje vamos falar um pouco sobre o Xote, que chegou ao Brasil através do português José Maria Toussaint, em 1851 . No início, o Xote alegrava  os bailes da elite, após um período, os escravos aprenderam o ritmo, dando mais movimento e versatilidade à dança. Hoje o Xote é sinônimo de alegria e se transformou no queridinho dos casais apaixonados. Conheça agora algumas curiosidades sobre o Xote:

De onde surgiu esse ritmo?

Segundo estudos, o Xote surgiu na Alemanha, com o nome de Schottich. Para os alemães essa palavra significa escocesa. No entanto, ao contrário que muitos pensam, não existe uma ligação direta com a Escócia. Na verdade, os alemães se referiam a polca escocesa, um ritmo que conquistou toda a Europa pela alegria contagiante dos movimentos.

Aos poucos esse ritmo foi ganhando uma nova roupagem com passos das Valsas Vienenses, que tiveram origem através das danças camponesas. Já imaginou essa mistura?

Após ganhar novos passos, o ritmo foi batizado como schottische.

Um tour pela Europa

Na Europa o ritmo possuía algumas variações. Na França, por exemplo, a dança era mais lenta (muitos historiadores dizem que a lentidão dos movimentos dos franceses era devido ao peso das roupas usadas na época).

Já na Inglaterra, que possui uma cultura mais rigorosa de convivência, o ritmo ganha status de atrevido. Por fim, em Portugal o ritmo passa a dominar as festas nos salões, recebendo o nome de chotiça.

 

Afinal, como o Xote se tornou o queridinho dos Nordestinos?

A dança chegou através do professor e dançarino português, José Maria Toussaint, e passou a ser um ritmo muito prestigiado na elite brasileira da época e dançado em seus riquíssimos bailes. No entanto, o ritmo não conquistou somente a elite, os escravos passaram a observar e levaram a essência do Chotiça para as festas realizadas nas senzalas.

E foi através dos escravos que o ritmo ganhou flexibilidade, giros e envolvimento, passando a ser conhecido como Xote. Nessa época o Xote era dançado em duplas ou até mesmo em grupos de 4 pessoas.

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E o Xote Nordestino, tem romantismo?

O Xote Nordestino é um ritmo gostoso de dançar, mais lento, romântico e com poucas evoluções, no entanto, é importante manter sempre o lado sensual e divertido.

Ele se tornou uma dança e música quase obrigatória em diversos forrós da região. Existem lugares como na Paraíba, por exemplo, onde existem diversas modalidades conhecidas, como “xote batido“, “xote arrastadinho” e o “xote miudinho“, entre outros, todos eles dançados no mesmo ritmo, mudando-se apenas os seus passos.

O Xote não é aquela dança romântica com rostinho colado mas também não é aquele ritmo frenético. É uma dança romântica com movimento. E é por isso que esse ritmo gostoso cativa a todos de norte a sul do Brasil!

E você gosta de dançar? Já se aventurou no Xote Nordestino? Conte para gente sua experiência!

Adelmario Coelho representa o autêntico forró pé-de-serra, divulgando, através de suas canções, os costumes e a cultura do Nordeste. Do seu trabalho emana o calor, a alegria e a força do povo nordestino. Conhecido como o “Forrozeiro do Brasil”, traz em seu estilo vibrante uma variedade de ritmos como o baião, o xote e o xaxado, que se integram em shows inesquecíveis. O cantor já foi assistido por mais de um milhão de pessoas em suas turnês, que acumulam uma média de 120 shows por ano, realizando participações em grandes eventos e expandindo o forró não só durante o São João. Ao todo, sua carreira registra mais de mil shows e já ultrapassa a faixa de um milhão de CDs vendidos.

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